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Fernando Correia (1991)

Manager na Nokia Solutionsand Networks

O curso de Engª Física foi importante para mim na medida em que permitiu aliar a necessidade de satisfazer a minha curiosidade e saber mais sobre os fenómenos e princípios que regem o universo que nos rodeia, ao mesmo tempo que me deu uma preparação paras iniciar e desenvolver a minha vida profissional.

Trata-se de um curso que pela sua abrangência pluridisciplinar, permite ao aluno construir referências e umabase sólida em conhecimentos de engenharia, ao mesmo tempo que toca em vários domínios da tecnologia e ciência. Esta diversidade só por mero acaso não se irá revelar uma poderosa ferramenta no decurso da vida profissional do aluno, porque o preparou para ser adaptável, capaz de fazer face a diversos desafios e não estranhar a mudança que é também ela cada vez mais uma constante do mundo em que vivemos. O físico reflete sobre o mundo, o engenheiro transforma o mundo, e juntos mudam a forma como o percepcionamos!

 

Joao Cordovil Wemans(2002)

PhD e fundador WS Energia

Os anos que passei na FCT-UNL no curso de Eng. Física influenciaram como poucos o meu futuro profissional e pessoal pois foi possível ter no mesmo local e tempo estudos exigentes e multidisciplinares, óptimo ambiente entre alunos e exemplos variados de professores. Tenho tentado manter esta mistura nos anos seguintes e penso que me ajudou quer no Mestrado e Doutoramento em Física que seguiram como na experiência como empreendedor e gestor na WS Energia.

 

Antonio Sérgio Silva (2007)

A Engª Física é referida em todo o mundo como um curso de "banda larga", e essa afirmação é bastante apropriada. A panópliade possíveis trabalhos que um graduado em Engª Física pode fazer é realmente enorme! A Engª Física da ao aluno uma formação muito forte que funciona como "base" para o futuro. O graduado pode direcionar essa formação para a base e especializar-se nela (R&D em universidades ou industria) ou utilizar essa base para aprender e fazer dos mais variados trabalhos no futuro. Foi ter uma base forte que me permitiu ter a confiança de embarcar a outros mundos desde as Finanças Quantitativas e WealthManagement, onde complementei a minha formação com Chartered Financial Analystprogram, e actualmente em Venture Capital e Consumer Software / Media, complementando de novo a minha formação com um MBA em UC Berkeley. 

 

Moritz Branco (2008)

Engenheiro Criogénico no ramo Aero-espacial (Air Liquide, França)

Fui aluno do Mestrado Integrado em Engenharia Física de 2003 a 2008, donde 5 anos depois guardo grandes recordações.

Tive colegas fantásticos e grandes professores, alguns dos quais guardo amizade hoje em dia e outros até que trabalham comigo.

Lembro-me bem da união que tínhamos ao nos ajudarmos em tantos trabalhos de grupo e sessões de estudo, sempre partilhando a paixão pela física.

Durante este tempo, foram-me dadasvárias ferramentas valiosas para a minha vida profissional, tanto analíticas como práticas, donde posso destacar a tecnologia de vácuo, a criogenia, a electrónica e a instrumentação.

Todas estas disciplinas são ensinadas na FCT com um grande foco no aspecto experimental e prático.

Hoje em dia reparo que este tipo de treino é um bem muito valioso no sector da alta tecnologia, em que jovens engenheiros com “hands-onexperience” são cada vez mais uma raridade.

Esse foi um dos meus grandes trunfos ao entrar na vida profissional. No espectro teórico as disciplinas são variadas e interessantes, ainda hoje em dia gostaria de poder voltar a assistir a estas aulas.

No meu caso a minha formação em física também me ajudou bastante a entrar no mundo espacial, em que não tive dificuldade em compreender novos conceitos, o que para engenheiros formados em outras áreas, nem sempre é algo evidente.

Para além da investigação, existe muita saída para diplomados em engenharia física, em indústrias de ponta como o aero-espacial, semi-condutores, energia e outros sectores que se dediquem a utilizar tecnologias avançadas.

O meu caso não é de todo isolado pois tenho ex-colegas um bocado por todo o mundo a trabalhar em vários ramos diferentes.
As condições e boas infra-estruturas são um privilégio que poucas faculdades podem oferecer, um dos meus locais preferidos da faculdade é a biblioteca. Resumindo, passei grandes momentos no curso de Engª Física da FCT-UNL, e se voltasse atrás faria o curso com um sorriso ainda maior.

 

Susana de Azevedo Pereira Rodrigues (1992, 2011)

Responsável pelo Departamento da Qualidade da Janz - Contadores de Energia, SA.  

O curso de engenharia Física oferece conhecimentos numa larga abrangência dos diversos ramos da ciência e da tecnologia, munindo os engenheiros físicos de bases para ingressarem no mercado de trabalho em diferentes áreas científicas, tecnológicas, industriais ou mesmo do ensino. Penso que esta característica de diversidade que o curso oferece é um trunfo muito importante para quem procura um lugar no mercado de trabalho.

Presentemente, trabalho na indústria de contadores de energia eléctrica, mas já trabalhei em áreas tão diversas como investigação em tratamento de superfícies por laser, gestão de uma publicação técnico-científica ou ensaios eléctricos em aparelhos electrodomésticos.

A vivência no campus da FCT foi muito enriquecedora, o ambiente que aqui se vive permite que toda a aprendizagem das matérias do curso se faça com prazer e deixa mesmo ficar saudades.

Tantas, que em 2011 regressei para fazer o Mestrado Integrado, um trabalho que pude conciliar com a minha actividade na Janz.

 

Cristina Oliveira (1994)

Astronomer at STScI, COS/STIS Team Lead

I am an astronomer at the Space Telescope Science Institute, in Baltimore, Maryland, USA, where I lead the Science Operations Support of  the spectrographs onboard the Hubble Space Telescope (COS or Cosmic Origins Spectrograph and STIS or Space Telescope Imaging Spectrograph). I lead a group of close to 20 staff members supporting the scientific operations of the COS and STIS spectrographs and maintain my own research program. My research interests are interstellar and intergalactic media, inflows and outflows, damped Lyman-alpha systems, molecular hydrogen, and evolution of deuterium. After getting a bachelors degree in Engineering Physics from FCT/UNL (Portugal) I got a Masters degree in Physics from American University (Washington D.C., USA) and a Ph.D in Astrophysics from The Johns Hopkins University (Baltimore, MD, USA). During my bachelors degree at FCT/UNL I worked with vacuum systems depositing thin films. That gave me a huge advantage when I started my Ph.D program as one of the professors at Hopkins was looking for someone to work in the lab monitoring the reflectivity of "witness mirrors". These "witness mirrors" were made from the same material as  the flight mirrors of a satellite (FUSE or Far Ultraviolet Spectroscopic Explorer) that Hopkins was building for NASA to observe the ultraviolet region of the spectrum and always traveled with the flight mirrors during integration and testing of the satellite. Since the mirrors were very sensitive to contamination by water and hydrocarbons their reflectivity in the ultraviolet had to be monitored very frequently. As a first year PhD student I was a perfect match for this job. A long story short, the Principal Investigator of FUSE, Dr. Warren Moos, ended up being my Ph.D adviser. I think that the versatility of the Engineering Physics degree from FCL/UNL, with a strong foundation in physics, math, andengineering contributed greatly to my professional path.

 

Valter Fernandes

Business Intelligence Consultant na Novabase. Atualmente um projecto internacional para a Vodafone Turquia

O tempo passado na FCT foi dos melhores tanto em termos pessoais como de crescimento profissional. O Campus tem um dos melhores ambientes a nível nacional em especial entre colegas com várias actividades que ajudam a promover o espírito de camaradagem e entre ajuda. Realço um momento interessante na transição secundário-faculdade que se sente apenas quando nos apercebemos que a proioridade dos docentes deixa se ser a aprendizagem de conteúdos e passa a ser a aprendizagem de raciocínios. Tratando-se de uma engenharia é fulcral que seja essa a prioridade dos docentes: ensinar-nos a pensar e a resolver problemas com as ferramentas que temos à mão e a criar a partir do nada. E é isso mesmo que se verifica na FCT/UNL. Para além disto o curso Engenharia Biomédica, por englobar uma área de conhecimento muito vasta incute nos alunos uma grande capacidade de correlacionar e integrar conhecimentos de várias áreas para resolver problemas de áreas completamentes distintas desenvolvendo grandemente a capacidade "think out of the box" muito valorizada no pós-faculdade constituindo um ponto de diferenciação entre um Engenheiro Biomédico e engenheiros de áreas mais especializadas. Um aninho passado e a saudade do mundo académico já aperta!

 

Dário Rodrigues

Investigador no Hospital Universitário Thomas Jefferson (Philadelphia, EUA)

Obtive o Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica (MIEBM) na Universidade Nova de Lisboa em 2007. Como sempre ambicionei uma carreira académica, prossegui para Doutoramento também na Nova, numa colaboração com o ISEL (Lisboa) e o Hospital Universitário de Duke (Durham, EUA). Neste período, tive oportunidade de desenvolver modelos matemáticos e contruir antenas de micro-ondas para diferentes aplicações clínicas: monitorização de processos fisiológicos, libertação de fármacos e tratamento de cancro. Concluí o Doutoramento em 2013 e estou, neste momento, a fazer um pós-doutoramento no Hospital Universitário Thomas Jefferson (Philadelphia, EUA). Além de fazer investigação, estou a ter formação em Engenharia Clínica para tratamento de cancro através de hipertermia por micro-ondas. Está a ser um percurso onde a Física e a Matemática são omnipresentes, mas com um grande foco na Medicina e Biologia. Por vezes desempenho o papel de um Engenheiro Electrotécnico, outras Engenheiro Mecânico, Engenheiro Biológico, Engenheiro Físico, Matemático, Engenheiro Clínico, etc. Esta versatilidade é de resto a imagem de marca da Engenharia Biomédica, sendo muito apreciada quer no meio clínico quer empresarial. O curso MIEBM da Nova está muito bem articulado com as necessidades de um Engenheiro do século XXI; tendo-me dado as bases necessárias para a minha carreira académica em Engenharia Biomédica, mas também uma nova forma de pensar através do seu carácter multidisciplinar. Destaco ainda os excelentes professores do curso, o campus, a proximidade aluno-professor e, claro, os colegas/amigos da Nova que foram uma constante fonte de aprendizagem e diversão. Posso mesmo dizer que foram os melhores 5 anos da minha vida e sinto-me priveligiado por ser da Nova.

 

João Ribeiro Miranda

O meu nome é João Ribeiro Miranda, ex-aluno de Engenharia Biomédica e terminei o curso em Dezembro de 2010. Desde aí tenho desenvolvido a minha atividade profissional na Siemens Healthcare, tendo passado por várias funções até à que ocupo hoje em dia – Site Manager no Centro de Imagiologia do Hospital da Luz, onde sou responsável pelo funcionamento de todos os equipamentos de imagem Siemens – RM, TC, RX, SPECT e PET, bem como pelos serviços de apoio informático ao processo clínico: RIS e PACS. O curso de Engenharia Biomédica preparou-me perfeitamente para o ambiente onde me movo no dia-a-dia, não só porque me ensinou todos os conceitos básicos nos campos da física, eletrónica e imagem médica, mas principalmente porque me ensinou a aprender, algo crucial num campo como a saúde, onde surgem novidades todos os dias.

Olhando para o nosso curso, vejo a sua empregabilidade com um misto de emoções. Se por um lado reconheço a alta taxa de empregabilidade e a associo à excelência da nossa preparação e do nível de todos os alunos, por outro temo que esteja a ser mal direcionada. O número elevado de engenheiros biomédicos associados a consultoras de informação leva, na minha opinião, a que a implementação da figura do Engenheiro Biomédico no mercado da saúde nacional não esteja a ser bem conseguida. Sem dúvida que esta situação deve ser reconhecida tanto por alunos como pelas Faculdades, e deve ser objeto de debate. Encontramo-nos confortáveis com o rumo que a empregabilidade está a tomar? Ou faz sentido focar os nossos esforços em valorizar o papel exato, se é que acreditamos que existe, de um verdadeiro Engenheiro Biomédico?

Por fim, falar de um tema que me diz muito e no qual acho que a Faculdade de Ciências e Tecnologia deve apostar: a abertura das suas portas ao meio público e empresarial do mercado da saúde em Portugal. Foi através de uma parceria entre a Siemens e a FCT que me foram abertas as portas do que faço hoje em dia. Acho que esta é a aposta correta. Contactar empresas e hospitais, questionando onde podem os futuros engenheiros da FCT ser úteis no futuro. A identificação destas necessidades é crucial para que uma tese de final de curso, por exemplo, tenha valor real na nossa sociedade e para que essa ideia e a pessoa por trás dela seja mais facilmente absorvida pelo mercado. O que não pode acontecer é passarmos os nossos cinco anos fechados dentro das portas do Departamento de Física a produzir conhecimento e riqueza que, embora necessária, não se adequa às reais necessidades do nosso mercado. Contem comigo para o conseguir! 

 

Mário Assunção (1997)

Quando estava no secundário andava inconformado pela falta de conhecimentos técnicos de como as-coisas-funcionam. Esta foi a principal razão pela qual dentro de muitas opções no ramo de engenharia acabei por escolher a opção de Engenharia Física.

E ao fim de 5 anos de estudos em Engenharia Física eis que estava bem mais ciente de como as-coisas-funcionam. Sentia-me capaz de enfrentar muitos desafios profissionais e melhor ainda, qualquer tipo de desafio. Pelo que passei por diferentes áreas profissionais: Automatismos, Comercial, Controlo e Automação, Manutenção e por último a Docência. Em todos os desafios tive a plena certeza do que aprendi no curso de Engenharia Física foi determinante na integração profissional ao nível de conhecimentos técnicos.

Relativamente à empregabilidade o que mais se denotava é a falta de conhecimento por parte das empresas de recrutamento sobre as nossas capacidades. São necessários mais engenheiros físicos em atividade profissional das tecnologias emergentes para que sejamos reconhecidos por todos os agentes da comunidade profissional.

Hoje leciono numa escola superior do politécnico que é o ambiente propício ao ensino técnico aplicado. Neste tipo de ensino as vivências profissionais dos docentes são uma mais valia em simultâneo com o bom conhecimento científico. Só me sinto bem neste ensino porque tive o curso Engenharia Física, uma atividade profissional de 10 anos e completei a formação com o curso de doutoramento em Engenharia Eletrotécnica e Computadores.

O plano de estudos que frequentei na FCT-UNL entre 1991 e 1996 foram determinantes para conseguir ser um bom engenheiro na área da industria e por outro lado ter capacidades para fazer o doutoramento no IST-UL.

 

Diogo Alexandre Rodrigues Miguel (2014)

Técnico Superior de Metrologia – Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica

As perguntas mais complicadas que se podem colocar a um aluno do curso de Engenharia Física são: “Para que serve o teu curso?” ou “O que faz um Engenheiro Físico?” A pergunta é de difícil resposta dada a quantidade de habilitações que adquirimos durante o curso e devido à abrangência do mesmo. Quanto a mim, um Engenheiro Físico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa é alguém com capacidade de se especializar em qualquer tipo de Tecnologia e com capacidade de trabalhar em qualquer área da Ciência.

Actualmente trabalho como técnico superior de metrologia, sendo que a Metrologia é a ciência da medição, o seu propósito é genericamente saber o erro de um aparelho de medição, o seu campo de aplicação e a incerteza desse mesmo processo. Para isso é necessário o conhecimento de normas internacionais inerentes ao Sistema de Gestão da Qualidade, normas de acreditação de laboratórios e requisitos do IPAC. Também é necessária a capacidade de elaborar procedimentos e saber operar vários tipos de equipamentos utilizados na medida de inúmeros tipos de grandezas. O mestrado integrado que concluí em 2014 permite-me trabalhar em várias áreas da metrologia, como a metrologia de massas, pressões, grandezas eléctricas, temperatura e humidade, sendo capaz de compreender várias grandezas e os equipamentos de medição a elas associados.

Quanto a mim, a empregabilidade só é dificultada pelo desconhecimento de todas as aptidões e qualificações de um Engenheiro Físico, uma maior divulgação do plano curricular do curso e a demonstração da capacidade de raciocínio, experimental e de adaptação de um Engenheiro Físico permitirá que facilmente entre no mercado de trabalho e consiga singrar. 

Em nota de despedida, um reconhecimento por toda a experiência que adquiri e por todo o conhecimento que obtive no tempo que passei pela faculdade, tanto a nível pessoal como profissional, foi o período mais enriquecedor da minha vida. Obrigado.